Então é um novo dia! Você ensinou seu
filho(a) como agir e proceder em casa e na rua. Ele/ela acorda, arruma o
quarto, se veste como você quer, não faz o que você não gosta, come apenas o
que você determina, tem vocabulário limitado ao seu, sai de casa apenas com
pessoas que você conhece e confia, tem hora para chegar (afinal esses jovens de
hoje não sabem o que é disciplina!), só namoram com quem você gosta e só irão
se entregar (fazer sexo) após o casamento. O que eles pensam a respeito disso e
outras coisas não é importante a seu ver, pai/mãe.
Este é o terceiro ponto citado na
postagem anterior, a opinião e opção de nossos filhos e futuros filhos conta
muito, precisamos levar em conta que eles em algum momento começarão a pensar
por si e não poderemos, em determinado ponto, exigir que eles tenham a mesma
maturidade que temos hoje em dia na idade que eles terão quando quiserem
começar a fazer as coisas por conta própria, coisa que acontece, normalmente,
na pré-adolescência.
A partir de determinada idade a pessoa
já pode responder por seus atos, ser responsável por eles, e isso inclui suas
decisões, seja o que pensa, seja o que faz, e isso faz toda a diferença. Não
consigo visualizar sentido em um pai que cria tiranicamente uma garota que já
passa dos dezoito anos, impedindo-a de chegar depois de certa hora em casa,
impedindo-a de namorar, impedindo-a de descobrir o próprio corpo; isso gera o
que é comumente conhecido como “emburrecimento das pessoas”, um atraso
intelectual e de vivência tão grande que em situações que exijam certos tipos
de atitude, uma pessoa criada dessa forma não saberá se virar, além de ser,
claro, um aprisionamento da pessoa que cresce ao nosso lado.
É difícil, sei que não é fácil, não fui,
nem sou, pai, mas pretendo ser um dia, e consigo imaginar a dor de um pai em
ver sua princesa começar a andar com as próprias pernas, num sentido mais
abstrato, indo atrás de outros homens que não sejamos nós, seus pais, falando
deles e, posteriormente, se houver uma certa amizade entre pai e/ou mãe e
filha, ficarmos sabendo que ela, ainda na adolescência, se deitou com um rapaz,
perdendo, assim, sua virgindade, sua pureza, aquilo que somos obrigados a
aceitar como sendo o sinal de respeito que uma mulher tem, mas apenas em nossas
famílias e mulheres, por que nas dos outros, as outras mulheres fora desta, não
precisam do mesmo respeito. Não digo que desrespeitemos o que nossos pais
pensavam, mas que respeitemos a opção e opinião de nossos filhos e filhas,
afinal, eles não são bonecos e bonecas de carne que fazemos para nos agradarem,
eles baterão asas e voarão a partir de determinada idade e podemos até manter vigia
para que eles não se distanciem, mas proponho o não aprisionamento deles. Seja
um bom pai, não corte as asas de sua filha, nem as prenda ao corpo dela.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuando fiz 20 anos meu pai se tornou meu melhor amigo, foi uma escolha dele!! E eu achei isso fantástico. Ele me escuta e dificilmente me diz o que fazer e como fazer. Como ele diz, "Ja fiz o que tinha de ser feito" e isso me deixa segura.
ResponderExcluirPor outro lado, ja conheço uma mamãe que diz que eu só vou entender quando eu for mamãe e que mães são "para sempre". Não creio!! Quero ser mãe até onde precisar, assim como meu pai, quero me tornar uma leal amiga.
Belo texto Marquinhos, infelizmente a forma que alguns pais foram educados é basicamente o espelho da educação que eles opõem, sempre olhando para trás e nunca olhando para frente.
Obrigado =D
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