... de meninas, moças e mulheres. Não
sejam hipócritas! Radical? Serei objetivo. Não é incomum de se ver na internet
imagens e textos de homens falando como tratam ou tratarão suas filhas, de como
as protegerão, dos formulários que criam, fictíciamente, que deverão ser
preechidos por fututos namorados de suas princesas para que eles possam pegar
na mão delas, de como declaram amor eterno e proteção à pureza de suas
princesas, novamente, não sejam hipócritas!
Acho meio difícil de engolir esse tipo
de papo, as frases “Pimenta no olho do outro é refresco” e “Não faça com outros
o que não quer que façam com você” se aplicam bem. Não sou ninguém para dar
pitaco na forma como A ou B criarão suas proles, mas uma coisa posso dizer: tem
muita gente por aí que age de uma forma e no discurso é outra completamente
diferente!
Porque digo tudo isso? Simples. Veja
bem, você, homem, na flor da idade, com hormônios brotando por todos os poros quer
uma garota para chamar de sua, ou melhor dizendo, quer transar mesmo! Sem
cerimônias. Quer uma garota que seja permissiva ou que, pelo menos, depois de
um certo tempo de namoro vá com você “para a cama” e lhe entregue sua
virgindade ou, no caso das que não são, façam sexo com você. Em um caso mais
extremo, você fica um pouco enojado ao saber que aquela garota não é virgem e
já a taxa de “rodada” ou “fácil” ou, pior ainda, de garota que “não merece
respeito porque se entregou a outro”.

Isto, meus caros, pode parecer um
exagero, mas é apenas uma visão rápida e verdadeira de um quadro que vivemos em
nosso país, se brincar, no mundo. Acho perfeitamente natural, novamente, que
sejamos, nós homens, protetores quanto à nossa família, mas exigir de nossos
filhos o que não exigimos nos outros é meio ridículo. No entanto o caso que
citei é apenas metade do problema, irei além.
Você, papai, não respeitou suas garotas
devidamente, talvez nem mesmo sua esposa, enquanto namorada e noiva, específicamente,
o papai de sua esposa, que, provavelmente, tinha o mesmo pensamento que você
tem com sua princesa em relação a ela, ele queria que ela só fosse para a cama
com um “homem de verdade”, específicamente com o marido dela, mas você a
convenceu por mundos e fundos a ir com você antes disso, ou ela quis ir mesmo
assim por iniciativa e interesse próprio, sendo uma pessoa de “mente mais aberta”.
No entanto, você exige que os rapazes respeitem sua princesa como tal e evitem
ao máximo tocá-la onde suas mãos não são bem vindas, sua tirania sexual se faz
presente nela e no parceiro dela, porém, sempre há um porém, você também tem um
filho, seu garanhão, e você quer que este rapaz seja um “macho de verdade”,
você quer que ele “pegue garotas”, respeite-as, claro, mas não quer que seja
apenas mais um virgem no mundo, ele precisa “aprender a ser homem” desde cedo e
você não quer fazer como seu pai, ou os pais de seus amigos e pais, que pagavam
prostitutas logo nas suas adolescências para que vocês “virassem homens” e
“soubessem o que era uma mulher” cedo, você quer que seu campeão aprenda a
“caçar garotas” e saiba levá-las para a cama.

Se queres que sua filha seja pura, tenha
um exemplo dentro de casa, porque da geração passada para cá o número de
exemplos só existe em famílias muito tradicionais e/ou religiosas, onde isso é
não apenas necessário, mas obrigatório, tanto para a garota, como para o
garoto. Sinceramente, não vejo como exigir da minha filha uma coisa que não
exigi nas filhas dos outros, que na realidade fiz o contrário, quis, por
exemplo, pervertê-las, dizendo que aquilo era natural. Se é ou foi natural para
elas, assim é ou será para minha filha. É óbvio que o cuidado com nossos filhos e futuros filhos é uma necessidade, não estou excluindo este ponto, mas
precisamos levar em conta que nós e nossas famílias não são as únicas no mundo,
que há outras vivendo nele e que, assim como nós exigimos coisas de outras
pessoas e temos a intenção de pervertê-las, as vezes, para atender às nossas
necessidades, assim tentarão fazer conosco ou com os nossos.
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