Esses dias estava no skype conversando com dois amigos e caímos num assunto engraçado, porém polêmico, que engloba os gostos dos nossos pais em relação aos nossos e a visão negativa que eles tem disso. É muito comum seu pai ou sua mãe, quando você está entrando na aborrecência (vulgo: adolescência) e até o final de sua juventude, caso você não se case ou saia de casa por outros motivos, serem contra quase tudo que você gosta, pelo menos a maioria é assim, principalmente aqueles que tiveram uma criação pautada nas tradições locais e, via de regra, religiosa.

Costumo pensar que essa aversão a certos gostos, que são claramente inofensivos para nossas vidas, ocorrem devido á ignorância dos nossos pais em relação aos mesmos ou até mesmo em relação a tudo que é novo e que eles desconhecem, afinal, como bem disse uma amiga que estava na conversa, eles ainda se preocupam muito com o que os vizinhos e conhecidos deles dirão a respeito de nós, filhos, e da criação que tivemos para gostar dessas coisas "estranhas"!
Infelizmente a cultura do "siga todos, não pergunte, não discuta, aceite o que os superiores tem a passar e repudie o que é novo" funciona há décadas e nas mentes ainda presas aos princípios e tradições passadas a algumas décadas atrás, tudo que é diferente é tido como uma potencial ameaça para a criação da nova geração!

Mas não me entendam mal, de fato há muitas coisas que os jovens de hoje fazem que realmente atrapalham no desenvolvimento de suas mentes e corpos, mas outras apenas ajudam, infelizmente, novamente, não podemos pensar que todos são iguais. Fazem estudos dizendo, por exemplo, que jogos de ação e violência incitam o jogador a atos violentos, outros estudos, por sua vez, dizem que não, que depende muito do próprio indivíduo e, consequêntemente, da criação que ele teve. De fato a segunda opção está correta, mas ela entra em concordância com a primeira e de fato, novamente, algumas pessoas de mente mais frágil, seja por genética, seja por criação inadequada, acabam se deixando levar para atos inumanos usando como base coisas que veem em jogos (de qualquer tipo), livros ou filmes.

Fazendo uma análise mais abrangente do assunto, podemos observar que parte, ou toda, essa discordância das coisas que viemos a gostar, ou ainda gostamos, vem do medo que nossos pais, ou responsáveis, tem em nos perder para o mundo. A maior prova disso está no comportamento de alguns pais e mães que servem de verdadeiros juízes e "peneiras" para os namorados e namoradas que suas filhas e filhos "arranjam", pois se estes não forem como manda o "figurino" de suas épocas, eles não aprovarão porque estão provavelmente levando seus filhos e filhas para um "mau caminho"!

No final das contas entramos no quesito do preconceito, que pode ser interpretado, mais corretamente, como a pre-concepção que se tem a respeito de algo que se desconhece. É muito fácil um pai, ou mãe, julgar que seu filho não terá futuro assistindo desenhos japoneses, novelas, filmes; ou lendo HQs, nacionais ou internacionais; ou jogando video game; ou saindo com o pessoal do skate, le parkour, dança, bosque etc; jogando RPG; ou praticando determinado esporte que eles desaprovam...
A lista de coisas que tem pouco ou muito a somar para nossas vidas e que estão na lista de desagrados de nossos pais é grande. Mas alto lá! Estou falando de coisas saudáveis e que tem mais a somar positivamente para nossas vidas, em momento algum citei que andar com gente delinquente, ladra, vulgar, drogada e viciada seria algo positivo para a vida de alguém. Não confunda o benefício saudável retirado de coisas que tem mais a somar em sua vida com os "supostos benefícios" que uma vida de roubo, prostituição, vícios, violência e drogas podem vir a trazer.
Por mais que as coisas que citei antes das ruins, sejam boas, todo vício é maléfico. Fica a dica!
Obs.: Postagem sugerida por CyberCamper do Yujô TV.
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