quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Prejudicial à Saúde.

Não fume! Pode te dar um câncer de pulmão, laringe, lábios, estragar os dentes etc.. Não beba! Pode te dar um coma alcoólico, cirrose, te tira do controle, te faz passar vergonha etc.. Não use drogas ilícitas! Elas te tiram da realidade e te fazem praticar atos impensados, além de poderem te causar mal a longo prazo. Não beba café! Pode te dar insônia etc.. Não pense! Pensar demais faz mal...
Bom companheiros de leitura, digam-me: o que não faz mal? Certamente muitas coisas não fazem, mas quando estamos falando de coisas materiais, sejam consumíveis via qualquer um dos sentidos, um verdadeiro contingente de coisas em excesso pode fazer um mal danado, e não, não estou me referindo apenas ao que se consideram drogas, lícitas ou ilícitas, mas a qualquer coisa. Jogos de cartas e excesso podem fazer mal porque te viciam e seus gastos serão elevados, e só com aquilo, quando menos se der conta disso; fazer exercício demais faz mal, pois em determinado momento você vai acabar tendo um problema muscular, cardíaco ou respiratório (entre outros); comida demais faz mal, engorda; água demais faz mal, enche e você pode acabar vomitando ou outras coisas podem acontecer.

Agora vamos pular para outro ponto interessante. As mesmas pessoas que acusam os itens citados no primeiro parágrafo são, normalmente, pessoas que consomem produtos industrializados ou de procedência, ou mesmo produção, duvidosa. Exemplos? Fast food de um modo geral (sanduíches, frituras, sorvete, pizza, refrigerante, nuggets etc.), celulares (radiação), sucos e iogurtes, computadores (o mesmo que celulares), além, claro, de produtos de ferro ou plástico, que contém materiais que se soltam e vão para nossos alimentos; e não podia faltar as próprias frutas, que vem com agrotóxicos, aproveito para citar que o Brasil é o país que mais usa agrotóxicos no mundo, em excesso, e dos mais pesados, ou seja, se não tomarmos cuidado com a limpeza dessas frutas, já sabe!

Não estou dizendo, com isso, que cigarros, bebidas e outras drogas, não fazem mal, fazem, mas os itens citados acima também, além de muitos outros que não citei e que também são industrializados e são feitos com produtos que, se apresentados para a maioria das pessoas como possível para consumo, muitos torceriam o nariz; mas, retomando o foco, todos fazem mal, alguns em excesso, outros em quantidades pré-determinadas pela quantidade de substâncias tóxicas/prejudiciais que carregam, nosso corpo precisa de um tempo para se recuperar dessa ingestão de agentes nocivos, ou seja, se você os absorve em demasia, parte do material passa pela sua defesa ou seu corpo não metaboliza aquele excesso corretamente, no tempo, e os problemas vão sendo plantados.

Agora vamos para a cobertura do bolo desse assunto (uma cobertura real também é prejudicial): o ar que respiramos em cidades, principalmente as grandes, é um veneno. Veículos motorizados que queimam combustíveis tóxicos a todo momento despejam toneladas de gases destruidores à nossa volta e, mesmo que tentemos nos desviar de uma descarga excessiva causada pelos grandes veículos, não escapamos do restante que não conseguimos ver. Resultado: todos os dias ingerimos isso e nem percebemos, todos os dias respiramos um ar envenenado. Some isso a ocasionais gases que você não vê, mas que são liberados por ar condicionados de carros, tintas e outros materiais do dia a dia.

Para finalizar com uma cereja podre essa postagem, que já está longa, deixo uma reflexão minha: recentemente cheguei à conclusão de que nossas vidas mortais não são breves (e que por isso devemos aproveitá-las etc etc etc...), mas que são frágeis. A qualquer momento, em uma cidade violenta como a que vivo, posso ser abordado por uma pessoa em uma dessas ruas e perder minha vida a troco dos menos de 10 reais que carrego na carteira ou por causa do meu celular; posso perdê-la em um acidente de carro causado por motoristas imprudentes, novamente, aqui onde moro eles existem em profusão absurda! Posso ser acometido de algum problema familiar, cardíaco ou respiratório causado pelo meu sobrepeso e acabar falecendo.

Diante disso tudo chego a duas conclusões:
1ª - Não sou alcoólatra, fumante ou usuário de quaisquer outras drogas de modo que possa ser chamado de "usuário frequente", o faço esporadicamente, apenas pelo prazer do momento, momentos estes que são casuais. Se a estimativa de vida de pessoas que usam tais coisas é reduzida uns 10 anos, acho que a minha só está reduzida em 2 ou menos anos. Por outro lado, eu quero usar, portanto usarei (meio óbvio isso, mas o óbvio precisa ser dito);
2ª - Irei viver para sempre se cuidar da minha saúde fazendo tudo que manda o figurino? Não. Posso viver uns 100 anos ou 110, quem sabe? Mas para quê? Com que finalidade? A morte existe parar todos e até mesmo aqueles que fazem todas essas coisas da "geração saúde" estão sujeitos a fatalidades ou "morte por velhice" (seja lá o que isso signifique, já que todos que morrem nesse período o sofrem em decorrência de alguma doença), ou seja, não posso evitar tais coisas. 

Por fim, não temo a morte. Temo sim, morrer prematuramente em virtude de uma fatalidade, seja assassinato, seja acidente. Tenho uma visão bem particular desta, faz parte da vida, e, infelizmente não é isso que nossas escolas e mídias mostram, mas é a realidade e, felizmente, ela existe! Viver para sempre deve ser muito chato!

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