sexta-feira, 15 de junho de 2012

Investimentos Externos...

Nossa! Passo um tempo resolvedo assuntos particulares e me esqueci completamente desta criança, vamos retomar o tempo perdido, ou pelo menos tentar.

Por volta do fim do ano passado e início deste andei vendo umas notícias que falavam sobre investimentos por parte do governo brasileiro em países do outro lado do oceano, não posso deixar de registrar a revolta que tive na época. Sabemos muito bem que esses acordos entre países são, na teoria, maravilhosos, mas na prática alguém sempre sai perdendo e, por mais que eu apoie a antiga presidência do país, não posso deixar de assinalar o quão revoltante essa ação é! 

Some isso ao fato de que o Brasil sempre perde muito mais do que outros países nestes acordos e coloque a palavra Copa e temos um bom motivo. Discorda? Vejamos: quantos hospitais temos no país, que estão abarrotados de pacientes? Quantos serviços públicos temos pedindo greve por mal pagamento ou cortes de verbas? Quantas escolas necessitam de investimentos porque parte dos recursos destinados à educação foi parcialmente ou totalmente cortado em algumas regiões? Salários, verbas para despesas gerais, manutenção, material, arrendamento, aluguéis etc, a lista é grande!

E por falar em copa, alguém mais ficou sabendo que algumas obras já estão gastando mais do que era previsto até o final da obra? "Tá Zero! Mas isso é normal em qualquer obra, até nas privadas!", concordo, mas são milhões de reais a mais de que estou falando, muitos milhões que saem de bolsos de pessoas de bem ou mesmo das que não são, mas que dão sangue e suor pra quem sabe ter uma aposentadoria decente e um lugar melhor para viver e no entanto vemos tudo isso escorrendo pro bolso de alguém ou de alguns, porque isso é notório, só quem recebe permanece oculto nas sombras, ou os que sabemos que recebem continuam com sua barreira de advogados caros ou imunidade política (no meu ver uma das piores coisas que inventaram desde que o país adquiriu sua "independência").

Tive aulas com um auditor fiscal aposentado e ele mesmo falou, como uma pessoa que via essas coisas em decorrência da posição que ocupara, que para mudar a base do problema, a mudança teria que vir do topo, do núcleo, ou seja, de quem quer que esteja por trás de toda a falcatrua que vemos, ou dos responsáveis por isso, mas acho difícil que alguém abra mão de seus charutos cubanos e bebidas caras à beira de uma piscina numa cobertura, tudo financiada com dinheiro público, para pensar num bem maior, afinal de contas "povo burro, gera politico corrúpto!".